Em 31 de outubro de 2025, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), manifestou‑se sobre o Projeto Antifacção, iniciativa do Ministério da Justiça que prevê o endurecimento das penas contra o crime organizado, reconhecendo a proposta como positiva, mas alertando que a morosidade do Judiciário pode impedir sua efetividade.
Mendes destacou que leis importantes podem levar de dez a vinte anos para serem decididas pelo Supremo Tribunal Federal, o que compromete a rapidez das políticas de segurança; por isso, defende uma reforma profunda do sistema judicial, incluindo a criação do crime de ‘organização criminosa qualificada’, com pena de até 30 anos para homicídios ordenados por facções.
O governador apontou ainda o excesso de recursos processuais, afirmando que réus bem assistidos por advogados conseguem postergar a prisão e que muitos crimes prescrevem antes do cumprimento da pena, alimentando a sensação de impunidade que revolta a população.
Ele questionou o papel do STF em decisões individuais sobre a soltura de traficantes, citando o caso de André do Rap, líder do PCC que foi solto em outubro de 2020 e permanece foragido, e afirmou que não cabe ao Supremo Tribunal decidir sobre casos específicos.
Mendes concluiu que a justiça precisa de ação rápida, objetiva e livre de interesses políticos, pedindo ao Congresso Nacional que aprove leis eficazes para que a população veja resultados concretos e não apenas discursos.
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