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Durante sua viagem pela Ásia, o presidente Lula (PT) se esquivou de comentar sobre a possível indicação de Jorge Messias, o atual advogado-geral da União, para a vaga que será aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) após a aposentadoria antecipada de Luís Roberto Barroso.
Questionado pela equipe de reportagem do jornal O Estado de S. Paulo enquanto estava na Malásia, Lula pediu que a imprensa aguardasse seu retorno ao Brasil para tratar da indicação ao Supremo. Lula disse ao jornal na noite desta segunda-feira, 27 de outubro, 'Deixa eu chegar no Brasil primeiro'.
De acordo com a agenda oficial do presidente, o desembarque em Brasília após a viagem à Ásia está previsto para a noite desta terça-feira, 28 de outubro. Na quarta-feira, 29 de outubro, Lula deve participar da posse de Guilherme Boulos (PSOL) como novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência. Há uma expectativa de que Messias seja indicado ao Supremo neste mesmo dia.
Apesar de Lula ainda não ter dado sinais públicos de quem foi o escolhido para a vaga, membros do governo e outros nomes próximos ao presidente dizem que a decisão está tomada. O senador Jaques Wagner (PT), líder do governo no Senado, comentou na semana passada: 'Eu acho que ele [Lula] está com a convicção firmada no [Jorge] Messias'.
Ao comentar a decisão de Lula, o parlamentar se referia à conversa que o presidente teve com Davi Alcolumbre (União-AP), presidente da Casa Alta. No encontro, Alcolumbre teria reforçado ao petista sua preferência pelo senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Além da articulação política pela indicação do senador ao cargo, Lula tem sido pressionado a colocar uma mulher na cadeira. Atualmente, o STF conta com apenas uma ministra: Cármen Lúcia.
