A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) aprovou, em primeira votação, o aumento salarial de 6,38% para os servidores do Tribunal de Justiça. Durante a sessão, houve embate entre parlamentares da base do governo, contrários à proposta, e deputados da oposição, que votaram favoravelmente.
O placar final foi de oito votos a favor e seis contrários, com uma abstenção do deputado Paulo Araújo (PP).
Após a votação, o líder do governo, deputado Dilmar Dal Bosco (União Brasil), afirmou que o presidente da Casa, deputado Max Russi (PSB), não teria contabilizado corretamente os votos e pediu recontagem, solicitação que não foi atendida.
“Eles queriam ganhar no grito, não queriam divulgar voto. Isso não cabe mais. A Assembleia já deixou muitas dúvidas lá para trás”, disse a Janaina Riva (MDB). “Se quiserem voltar atrás, nós vamos judicializar. Nós vencemos a votação e está ali, está público. Os servidores do Judiciário que estavam lá filmaram tudo”, completou.
A parlamentar ressaltou ainda que cada Poder tem autonomia para conceder reajustes dentro de seu próprio orçamento. Ela classificou a resistência do governo como “birra”, afirmando que o Estado se recusa a recompor o poder de compra dos servidores, defasado em cerca de 20% desde a pandemia.
O deputado Lúdio Cabral (PT) também destacou que a votação foi tensa e que houve forte pressão do governo para que os parlamentares rejeitassem o projeto. Segundo ele, o texto agora será encaminhado à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes de retornar ao Plenário para segunda votação.
Lúdio argumentou que o aumento da arrecadação estadual permite a concessão de reajustes a todos os servidores.
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