A Polícia Civil de Mato Grosso intensificou, desde a madrugada de sábado (3), as buscas pelo médico Bruno Felisberto do Nascimento Tomiello, de 29 anos, investigado como principal suspeito da morte da namorada, a adolescente Ketlhyn Vitória de Souza, de apenas 15 anos. A jovem morreu após ser baleada na cabeça, em circunstâncias ainda nebulosas, no município de Guarantã do Norte (a 715 km de Cuiabá).
Ketlhyn foi socorrida e levada por Bruno ao Hospital Nossa Senhora do Rosário por volta de 1h40 da manhã. Ela ainda estava com sinais vitais, mas não resistiu. A equipe médica realizou manobras de reanimação por aproximadamente 40 minutos, sem sucesso. Após a confirmação da morte, o médico, visivelmente transtornado, teria quebrado portas e janelas do hospital – que, segundo apuração, é dirigido por seu irmão – e fugiu em seguida.
Funcionários da unidade relataram que Bruno acompanhou todo o atendimento e, antes de fugir, chorava e pedia: “Salvem a minha menina, não sei viver sem ela”. O comportamento levantou suspeitas e levou a Polícia Militar a ser acionada, cerca de 40 minutos após a entrada da vítima no hospital.
A Polícia Civil e a Perícia Oficial (Politec) também foram mobilizadas e já deram início às investigações. O corpo da adolescente foi encaminhado para exames de necropsia, e diligências estão em andamento para localizar o suspeito, que até o momento continua foragido.
O caso reacende o alerta para o grave cenário da violência contra mulheres em Mato Grosso, estado que, segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, lidera o ranking nacional de feminicídios, com taxa de 2,47 casos para cada 100 mil mulheres. Somente em 2024, 47 mulheres foram assassinadas no estado – oito delas apenas no mês de setembro, considerado o mais violento do ano.
A Polícia Civil realiza daqui a pouco uma coletiva de imprensa para dar detalhes do caso.