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A China está se preparando para construir a primeira usina solar espacial do mundo, localizada a 36.000 quilômetros acima da superfície da Terra. Este projeto ambicioso visa capturar energia solar 24 horas por dia e transmiti-la sem fio para a Terra, sem interrupções por nuvens. A iniciativa promete redefinir a história da energia, oferecendo um fluxo contínuo de eletricidade limpa.
O plano de engenharia da China será desenvolvido em fases. Os primeiros testes começarão em 2028 com uma estação experimental de 10 quilowatts em órbita baixa para testar a transmissão de energia sem fio. Até 2030, a capacidade deverá aumentar para 1 megawatt. O objetivo final para 2050 é uma usina de 2 gigawatts em órbita geoestacionária, comparável em tamanho a uma pequena cidade.
A usina orbital será composta por uma vasta rede de painéis solares com mais de um quilômetro de comprimento. Esses painéis transformarão a luz solar diretamente em eletricidade e, em seguida, em micro-ondas de alta frequência. Essas micro-ondas viajarão para a Terra e serão captadas por estações receptoras, onde serão reconvertidas em eletricidade utilizável.
A construção dessa infraestrutura espacial exigirá o lançamento de foguetes de carga pesada como o Long March-9 e o uso de braços robóticos autônomos para montagem no espaço. O conceito de energia solar espacial não é novo, tendo sido imaginado pela NASA nos anos setenta, mas os avanços recentes tornaram o projeto uma possibilidade tangível. Agências espaciais da Europa, Japão e Estados Unidos estão acompanhando de perto esse desenvolvimento.
Se bem-sucedido, isso poderá marcar o início de uma era em que os satélites não apenas transmitirão dados, mas também eletricidade, alimentando redes elétricas terrestres ou até mesmo bases lunares. Este projeto redefine o céu, não apenas como uma fronteira, mas como uma extensão do sistema energético da Terra.
