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Defensores da causa animal protestaram, na manhã desta quinta-feira (5), em frente a Prefeitura de Cuiabá, para que o atual prefeito, Abílio Brunini (PL), cumpra as promessas feitas por ele durante seu período de campanha. Entre as cobranças dos manifestantes estão a criação de um hospital público veterinário e uma secretaria própria para tratar da defesa animal.
Durante o protesto na praça Alencastro, o prefeito chegou a comparecer e conversar com os manifestantes, mas não houve sucesso no diálogo.
Ao Jornal do Meio Dia, a defensora Carla Fahima contou que não cobrado nada além do que o prefeito já havia prometido. Eles exigem que os projetos anunciados saiam do papel.
“Nos protocolamos uma cobrança das ações do plano de proposta do governo do Abilio. Nós não pedimos nada além do que ele prometeu e protocolou junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), como, por exemplo, a implantação de uma Unidade de Pronto Atendimento dos animais e a secretaria, que antes era adjunta de defesa animal, fosse uma pasta própria, e hoje ela foi rebaixada a diretoria, além disso, ele prometeu um hospital público veterinário e agora quer terceirizar todos esses serviços sem um projeto”, explicou.
Kelly Rondon, que é presidente e fundadora da Tampatinhas, projeto que visa retirar plásticos recicláveis do meio ambiente e ajudar animais de rua, explicou que os defensores não querem mais conversar. Exigem uma resposta sobre o cumprimento das promessas.
“A gente vem tentando no diálogo. Já houve duas ou 3 reuniões com o prefeito. Já sentamos com ele, inúmeras promessas foram feitas e não foram cumpridas. Então, a gente não quer mais conversar, nós queremos ações concretas, promessa a gente tem desde o início da campanha, está tudo arquivado. A Justiça eleitoral tem protocolo das promessas dele não cumprida, então o que a gente quer é ação concreta e não aquele que ele veio fazer aqui, com ar de deboche, de jogar para os protetores de que a causa animal não tem nada porque os protetores são desequilibrados, desinformados, descontrolados, essa é a fala do nosso prefeito está gravado”, contou.
No momento da entrevista, Kelly estava carregando um cachorro caramelo que encontrou caído em frente à escola técnica e explicou que os hospitais são necessários para que as organizações não tenham que arcar sozinha com os custos dos tratamentos de animais resgatados.
“O protetor não tem paz nem para vir protestar. Este animal estava caído na sarjeta, inúmeras pessoas passaram por lá e não pegaram. Eu vou levar para onde? Temos hospital? Temos atendimento público? Não. A minha ONG vai ter que arcar, eu vou ter que estar de pires na mão, pedindo dinheiro para a sociedade, isso não é justo, é papel do poder público, não é papel das ONG's. Nós podemos, sim, auxiliar o prefeito e é o que nós queremos”, finalizou.
Com informações da jornalista Ana Júlia Pereira - GD
